quinta-feira, 5 de fevereiro de 2015

Música e Eu

Música é algo simples e incrível. 
Música te tira da realidade. 
Através da música você percebe a diferença entre o mundo real e o seu mundo particular. 
Você mergulha em uma história, seu corpo leva o ritmo, as batidas no seu coração, a sensação de alegria.
   Sempre admirei música. 
Quando eu era menor, minha casa era rodeada por músicas.  
Meu irmão sempre colocava um disco na vitrola e aumentava o volume, colocava coisas como Clube da esquina. Nós corríamos e dançávamos pela casa cantando 
"Um gira-sol da cor do seu cabelo". 
Ele me mostrava músicas do Caetano, Chico, Cazuza, Cartola, entre outros. Comecei a me interessar pela música nacional, nossa música. 
Um dia, quando eu tinha 11 anos de idade, ou mais, meu irmão me convidou para um show do Cazuza, ou melhor, com as músicas do Cazuza, que na época já era falecido. 
Eu concordei, o show era de graça, mas lá havia pessoas famosas cantando músicas dele. 
Quando chegamos escolhemos um espaço que era distante do palco, mas mesmo assim dava para vê-lo perfeitamente. 
Eu era pequena e fiquei aflita quando um monte de gente começou a entrar na minha frente, e a maioria das músicas eu não conhecia, então apenas ficava quieta olhando as pessoas alegres, cantando com as mãos no alto. 
Depois de dois anos eu me apeguei ao rock, como Roling Stones e Guns n' Roses. 
Mas, em um dia de 2014, eu estava no carro da minha prima e então ouvi um som vindo do rádio. Um calafrio percorreu meu corpo e eu apenas consegui perguntar de que banda era aquela música. Ela tentou pronunciar "Arctic Monkeys", foi nesse momento que grande parte de mim mudou, minha fala, minha escrita, meu pensar, minhas roupas.
Uma curiosidade se expandiu em mim, uma certa vontade cresceu, e comecei a procurar bandas e músicas como uma louca. 
A banda era incrível e eu adoro até hoje. Percebi que gosto mesmo é de Rock Indie ou Rock Alternátivo, ou seja, não é rock, nem pop. Acho que é entre tais estilos. Bandas como Franz Ferdinand, Oasis, The Strokes, The Kooks, entre muitas outras.
Em Novembro eu fui ao meu primeiro grande show. 
Arctic Monkeys, Anhembi. 
Eu poderia detalhar esse dia como se estivesse vivendo-o, posso dizer que foi o melhor dia da minha vida. O som era alto, a bateria em meu peito, a guitarra se aconchegava no meu ouvido e minha alegria se misturava com a voz do cantor. Estava tudo perfeito, foi um grande show. 
   

As letras das músicas são maravilhosas, compositores que descrevem em frases o que sinto em muitos momentos, coisas que não conseguia redigir em minha própria cabeça. Como Bob Dylan e Alex Turner.
A música com certeza está presente na vida de todos, sempre com alguma marca especial. Música nunca morre, para ninguém. 
Música é um talento, uma arte. 

Um comentário:

  1. Muito legal, Maria Clara!
    A sua crônica está ótima! Começa muito genérica, dizendo que música é legal, ok. Mas depois, quando você conta da sua infância, do seu primeiro show, e da descoberta do rock até finalmente chegar ao seu gosto está muito lindo, porque muito particular e descritivo.
    Só não fale eu poderia descrever... descreva! Ou não. :-)
    Bela história. Vou agora escutar um pouco de Artic Monsters. ( adorei o "tentou pronunciar")
    Bom trabalho!
    Luana

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